Marcilene
Marcia de Oliveira Silva – Profª de Matemática
Márcia
Nunes de Sá - Profª de História e Geografia
Maria
das Neves Soares Protti – Profª de Português e Inglês
Rejane
Cirílio Damasceno Pires – Orientadora Pedagógica
Romênia
Silveira Jardins – Profª de Português e Inglês
Rosália
de Pompeia Alvarenga Miranda – Profª de História e Geografia
Walter
Vieira Junior – Profº de Filosofia*
|
Precisamos nos atualizar |
O Presente artigo tem como proposta
discutir o tema proposto não para que se tenha uma conclusão imediatista, mas
sim, um pouco mais de material para uma possível ação na área educacional.
Tem-se acentuado a constante indagação deste tema, devido a uso de aparelhos
telefônicos em sala de aula. Haja vista, o crescente número de adeptos da
telefonia móvel, crescente em nosso pais.Tal crescimento, atingi nossas crianças e
adolescentes, no que se refere a alguns fatores que ao longo desse artigo
iremos apresentar.
Em meio a modernidade tecnológica nasce
algumas problemáticas substanciais decorrente dessa mudança de ações. Como
trabalhar o uso dessas tecnologias sem que estas sejam desvios de atenção? É
possível em uma época de mudanças, não dar atenção para as novidades e só
vivermos um falso tradicionalismo educacional? Ao trabalharmos a suposta
evolução tecnológica é possível a não apresentação das ferramentas desta
educação, como por exemplo o uso de computadores. O que é aceito e o que não é
aceito em sala de aula, em relação a dois aspectos:? Falta mais capacitação dos
profissionais da educação ou realmente o que falta é um interesse em
atualizar-se para essa nova postura?
Apresentamos alguns fatores
problemáticos e que por sua vez não se fecha em si, o tema é complexo e poderia
gerar várias outras indagações, que não constam aqui. O que nos interessa, mas
do que responder de forma concreta é fazer uma reflexão sobre a ação humana no
caminho de mudança, ou seja, colocar em discussão as transformações que se dão em
sala de aula ao que se refere à utilização dos avanços tecnológicos.
E meio a essa nova revolução
copernicana do século XXI, muitos profissionais da educação questionam o uso de
certos equipamentos dizendo que estes equipamentos na verdade só servem para
distrair ou até mesmo atrapalhar ao processo ensino-aprendizagem, em partes
estão certos como também estão errados. Vejamos os lados positivos e negativos
desse argumento
Positivo:
O
uso de aparelhos eletrônicos, tais como o telefone e os novos smartphones que possuem acesso à
internet e consequentemente ao mundo das redes sociais, mundo este que os
nossos jovens estão bastantes familiarizados. Podem ser de fundamental
utilidade no que tange as pesquisas virtuais, como: levantamento de dados sobre
determinado tema, apresentação de argumentos e de novas perspectivas sobre
aquilo que está sendo dado, transmissão e solucionamentos de conteúdos
educacionais. Entre outros.
Negativo
A falta de
conhecimento por parte dos alunos, em relação a utilização de ferramentas
pedagógicas no mundo virtual, assim como a falta de preparo dos educadores no
conhecimento e uso dessas ferramentas. No que acarreta na utilização dos
aparelhos somente para uso primário.
Fica aí duas faces da mesma moeda, de
um lado a necessidade de conhecer métodos novos, novos dispositivos e do outro,
pela falta desse conhecimento a inércia existencial do pseudo tradicionalismo
burocrático.
É inegável a evolução que se passa essa
geração e como a sua atuação vem a romper com certas normas sociais. Porém não
podemos nos chamar de educadores se o que mais fazemos é comparar esta geração
com outra geração, sem contextualizarmos no tempo e espaço de cada uma. “Não é
porque na nossa geração, nosso lazer era o diferente, que o que os jovens fazem
hoje, seja, errado, é uma visão dando quanto saudosista e até fundamentalista
acharmos que nossa geração seja melhor do que a outra.
Lembramos em que nossa época de estudos
no então 2ºgrau, tínhamos uma vontade de visitarmos o laboratório de química e
biologia, onde ali havia uma serie de experimentos que iam além do copinho com
o feijão, hoje na maioria das escolas que trabalhamos esse laboratório não
existe mais.
Nasceu a Era da Informática e sua implantação
nas nossas escolas com o advento de uma modernidade fez com que fossemos
sacudidos com as novas tecnologias e suas aplicações. Porém não prepararam os
profissionais e em muitos lugares, “soltaram” os computadores e tchau. Com
isso, como criar uma mentalidade de cooperação entre instrumentos novos e
conceitos antigos? Cremos em dois aspectos importantes para o bom resultado
entre esses dois mundos.
Há sem sombra de dúvidas uma mudança de
paradigmas, novas visões de uma educação e novos meios de se trabalhar a
educação. E esses dois mundos não são paradoxais, mas cremos que ambos se
ajudam a se complementarem.
1º aspecto – Não podemos fechar os
olhos para as mudanças. Seja elas como são, elas estão aí. O que nos cabe e
saber desenvolver tais mudanças para que elas sejam acréscimos em nossa
formação. O uso por exemplo de tablet na preparação das aulas, cerca de 460 mil
foram distribuídos para os profissionais da educação do ensino médio em todo o
Brasil. Tal atitude demonstra um desejo de inovação das práticas pedagógicas, porém
não retira o peso da falta de projetos e de ações que possibilitem o uso de
tais instrumentos nas nossas escolas.
2º Aspecto – Com o passar dos anos
muitas tecnologias foram empregadas na educação, da criação da máquina de
Impressão até as nossas fotocópias. Como negar a utilização de tais ferramentas
como benéficas na construção da educação? Hoje nos perguntamos se é realmente
viável conciliar aluno/atenção/equipamentos eletrônicos. Nunca paramos para
discutir se a utilização do caderno era viável, por mais que muitos alunos
usassem as folhas para a criação de “aviãozinhos” ou de “Bolinhas”, ou se
deveríamos proibir o uso de canetas e lápis, pois muitas vezes riscavam as
mesas e cadeiras além de usarem para ferir e cutucar os outros. Precisamos
conscientizar e não proibir, ensinar a usar e não apenas deixar o uso ocorrer.
Precisamos reinventar a educação com métodos novos e não apenas burocratizar o
ensino.
Somos construtores do amanhã, da forma
que colocamos o tijolo teremos uma parede solida ou não. Se queremos cidadãos
críticos no futuro, que estejam a frente na sociedade, não podemos deixar que o
medo nos acovarde e nos mantenha alienado para as transformações.
Sabemos que a ruptura com os modelos
usados não é e não será fácil, mas se não avançarmos jamais saberemos como será.
E talvez percamos, uma grande chance de crescermos na humildade de reconhecer nossas
limitações, que os nossos métodos já não surtem efeito e que esses jovens podem
muito bem nos ensinar a olhar a vida com outros olhos.
Busquemos, sim, o uso racional de tais
aparelhos, sem diminuir em nada o que já se foi empregado, mas complementando com
eles na construção de uma sociedade mais capacitada e menos obrigada a viver certas
imposições apenas por uma crença em uma burocracia
SEABRA,
Carlos. O celular na sala de aula.
https://cseabra.wordpress.com/2013/03/03/o-celular-na-sala-de-aula/
- Acessado em 05/05/2015
SILVEIRA,
Stefanie. Número de brasileiros que usa internet pelo celular cresce 106% em
dois anos, diz pesquisa
Uso de celular em sala de aula proibido
por lei